quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

As Séries Estreantes de 2015 que AMEI

Posso resumir este post em uma palavra: NETFLIX.


   O ano de 2015 se encerra. E foi um ano bem feliz para uma emissora. Mais especificamente: um serviço de streaming. A Netflix. Incrível como um serviço que alguns anos atrás era apenas uma espécie de locadora online para algo que consegue fazer séries, documentários de ótima qualidade. Praticamente todas as suas estreias desse ano estão citadas nesta lista de melhores estreias de tamanha qualidade que foram elas. Claro que não faltam as novatas de outros canais mas o Netflix merece uma atenção especial. Palmas lentas pra você, sua linda.

   Parando com esse puxa-saquismo pois não vou ganhar assinatura vitalícia dessa delícia. =[ Vamos ao que tivemos de bom e novo em 2015!



Empire
   Logo no início de 2015 já temos um dos maiores fenômenos de audiência os últimos anos. Pelo menos, isso que aconteceu na sua primeira temporada. Empire foi uma delícia crocante para os amantes de séries musicais. Novelão da mais alta categoria, a série da FOX ganhava mais audiência a cada semana que passava. A história não era grande coisa ou revolucionária porém era intrigante e deixava todos vidrados e curiosos pra saber o que aconteceria na próxima semana. Temos dois destaques maravilhosos da série: as músicas compostas e produzidas por Timbaland, que criou muitas músicas viciantes (Drip Drop que o diga) e outro destaque é a atuação de Taraji P. Henson que estava incrível e diva como Cookie Lyon, papel que rendeu uma indicação ao Emmy e Globo de Ouro. Por mais que a sua segunda temporada não seja a sombra do que era na sua primeira, Empire ainda configura como uma série deliciosa de ver e um grande sucesso de audiência da FOX.

Better Call Saul
   Quem poderia imaginar que Saul Goodman, o advogado com momentos engraçadinhos de Breaking Bad, poderia ganhar uma série própria? E mais, uma série ótima? Dava nada para Better Call Saul porque achava que era a AMC sendo oportunista novamente, com ela querendo estender de forma desnecessária o universo tão bem fechadinho de Breaking Bad, que foi uma das melhores séries de todos os tempos. Redondinha, empolgante e com uma fotografia linda de se ver. Ficamos interessados e empolgados em ver mais histórias de Jimmy McGill e o que aconteceu com ele para se tornar o Saul que conhecemos de sua série-mãe.


Unbreakable Kimmy Schmidt
   "Uuuunbreakable! They alive, Dammit! It's a miracle!" Que amor eu sinto por essa maravilhosa estreia da Netflix, justasmente salva das "garras" da NBC que com certeza seria cancelada. Muitos não curtiram de cara essa nova série da Tina Fey por causa de suas cenas de humor "bobo". Comigo aconteceu o contrário. Foi paixão a primeira vista. Todo mundo tava tão bem entrosado e as situações eram tão engraçadas que não tive como não me apaixonar por Unbreakable Kimmy Schmidt. Já acha interessante a ideia da moça que ficou anos presa num bunker e aprender a viver depois de liberta. E a execução foi a mais feliz possível. A Kimmy é uma personagem muito divertida em suas bobagens. E o melhor é com certeza o Titus, que rendeu momentos hilários (como não amar Peeno Noir? <3) Uma das melhores comédias de 2015 senão a melhor.


Bloodline
   Mais uma lindeza by Netflix. Infelizmente não foi uma série que ficou tão popular como a maioria de suas produções ficaram. Porém Bloodline é uma estreia espetacular. Dos mesmos criadores de Damages, a série bebe um pouco da fórmula de Damages, com uma história não linear e cheia de mistérios. Com o trailer da série, que mostra uma família recheada de segredos que algum momento vão ser revelados, já define do quão densa e intrigante a série será. E foi. Uma primeira temporada espetacular com atuações incríveis do Kyle Chandler (eterno Coach Taylor de Friday Night Lights) e Ben Mendelsohn. Um thriller de ficar preso na tela.

Sense8
   A série mais superestimada de 2015. De longe. Já começa com os criadores da séries: os irmãos Wachowskis. Só com o nome dos criadores de Matrix já conseguia uma legião de fãs. Depois que estreou a série, que mostra a ligação mental entre oito indivíduos de oito cidades diferentes e os perigos que enfrentam, o alarde foi imediato. Não se falava em mais nada a não ser de Sense8, chegando ao ponto de incomodar muita muita gente. Mas então por que coloquei ela na lista das melhores? Simples. Por mais que a série seja super estimada pra caramba e que todo mundo fala das mesmas cenas (como a famosa cena da orgia ou da maravilhosa cena do karaokê), a série é bem intrigante e faz algo que adoro ver: mexer na ferida da sociedade. Sense8 lida com várias questões polêmicas e sem parecer gratuito. É sobre a homossexualidade, transsexualidade, mulheres fortes,... É muita coisa junta numa série meio ação, meio ficção científica. Pela temática e pela ação, Sense8 é uma das melhores séries novas do ano.

Mr. Robot
   Pra quem achava que o USA só lançava seriados policiais com toques cômicos (como era meu caso), se surpreendeu com Mr. Robot que era uma surpresa enorme. Abordando o hackativismo e o lado anárquico do hacker Mr. Robot, a série foi o thriller mais impressionante e empolgante de 2015. Com várias cenas de alucinações do protagonista, a experiência de assistir Mr. Robot é quase como ver um filme de Darren Aronofsky.

The Man in the High Castle
   A ideia de uma ficção sobre um mundo no qual a Alemanha nazista e outros países do Eixo tivessem vencido a Segunda Guerra Mundial não é algo novo. Porém isso nunca vi mostrado numa série de televisão. Especialmente do jeito como a série do Amazon fez. The Man in the High Castle mostra um Estados Unidos dividido entre o Japão Imperial e a Alemanha Nazista. Com uma abordagem intrigante, The Man in the High Castle é uma das melhores novatas de 2015.


Narcos
   Mais uma vez a combinação Wagner Moura e José Padilha dando muito certo. Não sou uma pessoa que adora Tropa de Elite mas sei do quanto o filme é bem executado. E não é diferente com a série da vida de Pablo Escobar feita no Netflix. A série nos proporcionou sequências de ação muito bem executadas e uma atuação excelente do Wagner Moura. Ele incorporou por completo o narcotraficante colombiano. Podem até falar mal do péssimo sotaque espanhol do Wagner mas não podem negar: o cara fez muito bem seu papel. Mais uma estreia excelente do Netflix.

Quantico
   Voltando para as séries de TV aberta temos Quantico, a novata da ABC que tem um quê de "Shonda Rhimes feels" por conta da diversidade racial e sexual que seus personagens possuem e por possuir uma estrutura que lembra um pouco do que foi/é em How to Get Away with Murder e Grey's Anatomy. Infelizmente a série começou a "enrolar" um pouco os seus fãs a respeito do caso de "quem fez o maior atentado terrorista desde o 11 de setembro?"  mas ainda assim, a série não tirou seu mérito de ser um drama interessante e impossível deixar de ser acompanhada. Semana após semana.

Limitless
   A maior mordida de língua que tive em 2015. Antes mesmo de ver o trailer dessa série da CBS, reclamei ferozmente que a série seria como foi o péssimo filme Lucy, que também tinha uma abordagem parecida. (De uma pessoa que toma uma droga e aumenta sua capacidade cerebral) Me enganei por completo. Limitless é uma continuação do filme de 2011 de mesmo nome com uma abordagem mais divertida e até mais interessante. Dos procedurais que estrearam neste ano, esse foi o que mais gostei.

Crazy Ex-Girlfriend
   A única estreia da CW nesta fall season é também uma das melhores estreias e uma das melhores comédias dos últimos anos. Muitos desacreditaram na série. Afinal, ela veio do "lixo" da Showtime, possui uma das piores audiências do canal e seu piloto é um tanto quanto louco demais no que estamos acostumados. Mas essa loucura da série que é a coisa que mais me atraiu e que mais gostei. A Rebecca é surtadíssima e hilária. Sua perseguição atrás de seu ex, o Josh, é cada vez mais engraçada e divertida de acompanhar. Cada episódio que sai, temos músicas originais hilárias como "I Have Friends", "Sex with a Stranger" e "West Covina", que são um dos poucos exemplos maravilhosos que a série proporciona. Sem falar que assim como em <3 Jane the Virgin <3, a série foi elogiada pela crítica ganhando também indicações ao Globo de Ouro e ao Critics' Choice Awards. Inegavelmente uma das melhores surpresas do ano.

Supergirl
   A série já nasceu pra ser bem sucedida. No momento atual, onde temos várias produções de super-heróis, uma nova série da mesma temática também vai dar bem certo. Mesmo não gostando muito da temática, a série da prima do Homem de Aço me conquistou por possuir duas coisas que faltavam muito: ser uma série de heróis bem leve e principalmente por possuir uma HEROÍNA. Sempre achei que seria bom uma mulher protagonizando esse tipo de série que praticamente foi dominada por personagens masculinos. Ter uma presença feminina como protagonista é algo que elogio e muito em Supergirl. Pode até ser um tanto quanto bobinha em algumas partes mas Supergirl é uma série deliciosa aonde uma mulher se sente bem representada no empoderamento feminino. Porém, não foi a melhor série de super-heroína já que...


Marvel's Jessica Jones 
   Marvel's Jessica Jones é a melhor estreia de super-herói de 2015. Só pela presença da Krysten Ritter (eterna Vadia do 23 no meu coração) como a Jessica do título já considerava a série excelente. E depois de incluir o Doctor David Tennant sendo o Kilgrave e ver os primeiros trailers, já considerava a série maravilhosa. Estreou e as expectativas supriram o que queria. Além de ser uma série meio super-heróis meio investigação excelente, é mais uma série com uma protagonista feminina forte (mais empoderamento feminino aí! Tou achando é pouco). A abordagem sobre a temática de abuso também foi muito bem trabalhada na série. E como já estão carecas de saber, é mais uma vez a Netflix mostrando um excelente trabalho.

Menções honrosas:
Galavant: Mais uma série musical muito divertida. Ela é bem idiota em vários momentos mas adorei a série.
- Marvel's Agent Carter: Novamente a combinação mulheres poderosas e Marvel dando muito certo. Uma grata surpresa para mim.
- Fresh off the Boat: Pensava que a nova série da criadora de Don't Trust the B---- in Apartment 23 seria apenas mais uma tentativa falha de comédia familiar da ABC. Me enganei. Uma série bem engraçada e divertida.
- American Crime: Mais uma série de antologias no mercado. Elogiadíssima pela crítica e uma das melhores séries da temática de crimes.
- Humans: Um sci-fi muito bem intrigante e de qualidade. Recomendadíssimo.
- Gracie and Frankie: Esperava muito mais da nova comédia do Netflix da criadora de Friends mas não fez feio. Ela é bem divertida e feliz na sua execução.
- Flesh and Bone: Sim! A mini-série do Stars sobre balé está aqui nas indicações. Essa sim pode ser considerada uma das mais gratas surpresas do ano. É uma mini-série muito muito boa.
- UnReal: Quem diria que a Lifetime faria uma série de tão boa qualidade? Ainda mais sobre os bastidores de um The Bachelor da vida? Excelente estreia.

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