segunda-feira, 21 de julho de 2014

Six Feet Under - 1x09 - Life's Too Short

Como descrever a perda de um filho?


   Nunca pensaria que Six Feet Under iria apresentar um episódio mais perfeito que seu piloto. Mas ai veio o 'Life's Too Short' para mostrar que sim, eles conseguem ser melhores e ainda mais destruidores. De longe, esse foi o melhor episódio da série até agora. Tudo foi perfeito do começo ao fim. A história andou muito, os atores estavam excelentes o tempo inteiro e chorei... E chorei.

   Já nas primeiras cenas, quando vi o Gabe exotando a criança e vendo ela sozinha no quarto da mãe, já pensava que ia dar merda. Aliás, uma merda grotesca porque já envolve crianças. Pra mim, morte de criança = apelação porque sempre fico emocionado com esses negócios. E nesse episódio foi pior pois ela morreu levando UM TIRO por acidente! Depois dessa cena, o menino nunca mais apareceu em cena. Nem na sala de embalsamento, nem no funeral dele. Tudo bem, eu sei que não é a primeira vez que fico impressionado com alguma morte na série. Só que nesse caso... é algo diferente. Morte de criança por arma é outra coisa. Aquilo é pra marcar a família para sempre.

   E com essa trágica morte que tivemos um bom desenvolvimento das histórias desse episódio. Já quero citar a fala da Brenda quando acontece uma discussão entre o Billy e o Nate sobre mortes de crianças:

Sabem o que acho interessante? Se perder um cônjuge, você é chamado de viúvo ou viúva. Se for criança e perder os pais, você é um órfão. Mas que palavra descreve o pai ou mãe que perde um filho? Acho que é terrível demais até para se dar um nome.
... que de longe, foi uma das melhores frases que já ouvi em séries.

   Voltando ao foco das tramas dos Fishers, eu adorei o rolezinho do Nate e a Brenda nas funerárias avulsas. Era cada história absurda que a Brenda falava... e lógico, a que mais gostei (e achei mais cretina) foi da Brenda "planejando" o seu próprio funeral. Foi bem engraçado ao mesmo tempo que foi bem bonito isso porque mostravam das grandes diferenças que existem entre essas pessoas do ramo e do quanto algumas conseguem ser meio "frias". Mostrou bem do como que os Fishers conseguem ser bem diferentes na área por serem mais "sentimentais".

   Outra parte que gostei foi do David. Primeiro, já adorei ver ele saindo com o dançarino. E depois, ver ele super louco de ecstasy/LSD na balada. Aquilo foi sensacional e adorei ver a cara de desespero ao ver que ele perdeu suas pílulas (que botou num frasco de aspirina) e achava  que a Brenda tinha tomado elas. Mas toda sua "diversão" acaba quando vê na balada o Keith com outro homem. Ai ele fica todo #xatiado e acho que isso é o fim mesmo da relação Dave/Dançarino. =S

   Falando de gente drogada, outra que ficou drogadíssima foi a Ruth quando foi "acampar" com o cabeleireiro. Ela que tomou mesmo as pílulas do Dave e ver ela toda sorridente, pulante, alegre e transando (!) com o marido morto. Deve ter sido o melhor acampamento da vida dela. HEHEHEHE

   Eu sei que o texto tá bem raso, mas em geral queria dizer do quanto eu amei esse episódio. Foi lindo e divertido ao mesmo tempo. Me emocionei horrores com a morte da criança, que foi muito impactante pra história daquela família. E apenas poucas séries como Six Feet Under conseguem me fazer chorar e rir muito ao mesmo tempo num episódio. Para finalizar o texto, deixo aqui uma frase que o Nate Fisher disse para o pai da criança que acabou de falecer:

Todo mundo morre. Alguns vivem até os cem anos, outros não sobrevivem ao 1º dia. É um fato da vida. Pode esmurrar quantas pessoas quiser mas não vai mudar o fato de que o menino está morto. E a sua chance de estar na vida dele acabou. Você usou bem esse tempo ou simplesmente o desperdiçou? Sua própria vida também está contando no relógio. Como a de todo mundo.

Vocês utilizaram seu tempo com quem se importa?

P.S.: Já disse que fico de cara de como esse série em um mesmo episódio faz você rir ao mesmo tempo que te faz chorar? Já? Então digo de novo.
P.S.S.: O luto da mãe da criança é desesperador. Tudo muito real.
P.S.S.S.: Nunca mais vou tomar aspirinas como antes.
P.S.S.S.S.: Motivo da demora do texto é simples: enrolação épica de escrever. Eu vi esse episódio a mais de uma semana e só agora resolvo escrever e publicar ele.
P.S.S.S.S.S.: Um minuto de silêncio para o fim de uma vida curta:
Que Deus o tenha e conforte seus familiares.

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